5 passos para tornar sua história interessante

Romeu e Julieta, Lolita, Dom Quixote, Harry Potter e Game of Thrones: o que todos esses livros têm em comum? Todos são grandes sucessos da literatura mundial. Embora com histórias diferentes e encantadoras, cada uma a sua maneira, as cinco obras possuem requisitos básicos que tornam suas narrativas interessantes e irresistíveis. Afinal, uma boa história, se mal trabalhada, não conseguirá despertar o interesse de seu público-alvo.

É sobre isso que vamos falar hoje. Como tornar minha história interessante e atraente? Vários fatores determinam se o leitor terá interesse em iniciar e finalizar um livro, como ritmo da narração, coerência dos personagens, encadeamento dos fatos e até mesmo se existem ou não muitos erros ortográficos ou de digitação.

Separamos então cinco pontos essenciais para que você fisgue seu leitor do início ao fim.

Quem é o narrador

Depois de ter o insight da sua história, de construir o caráter e características físicas dos protagonistas e imaginar as primeiras tramas, é preciso definir quem contará a história. Em geral, existem três possibilidades clássicas:

  • Narrador-personagem: quando ele assume o papel ao mesmo tempo de personagem e de contador dos fatos. Deve ser sempre escrito na 1ª pessoa.
  • Narrador-observador: aquele que não participa nem interfere na história. Ele apenas observa e, por isso, deve narrar em 3ª pessoa.

Narrador-onisciente: é o todo poderoso. Ele sabe de tudo e de todos, inclusive o pensamento dos personagens. Assim como o observador, a narração ocorre na 3ª pessoa.

Público-alvo

O próximo passo é decidir para quem você quer contar a sua história. Se for para crianças, o tema deve ser abordado de forma leve e a linguagem deve ser bem simples, por exemplo. Por outro lado, se optar por escrever romances eróticos para mulheres maduras, a narrativa seguirá um ritmo e usará um vocabulário totalmente diferente.

O importante aqui é manter a coerência. Por isso, é essencial que você escreva sobre temas que tem empatia e, se possível, já tenha tido experiências. Assim, as ações dos personagens serão mais reais, o que nos leva ao nosso terceiro ponto.

Construa personagens reais

Seus personagens precisam ter atitudes condizentes com as características que você foi atribuindo a eles ao longo da história. A propósito, é sempre bom adicionar detalhes que os tornem únicos, como um tique de olho, uma risada nervosa ou um TOC por conta de limpeza. Isso deve acontecer de modo natural, em vez de ser apresentado logo no primeiro capítulo do livro.

Além disso, as pessoas mudam ao longo dos anos, de acordo com a vivência de cada um, e isso deve estar retratado na sua história também. Quanto mais reais, mais seus leitores se identificarão com os personagens.

Estrutura básica de uma narração

Existe uma estrutura básica que ajuda a guiar o desenrolar de uma história. Primeiro, é preciso narrar fatos que introduzam os personagens no cenário imaginado. Ou seja, é preciso contextualizar o enredo.

A partir daí, você começa a desenvolver a narrativa, explorando os conflitos até chegar ao ponto alto da trama: o chamado clímax. É nesse momento que o leitor deve estar apreensivo. É quando ninguém quer tirar os olhos das páginas. Se você não conseguiu  proporcionar esse sentimento ao seu leitor, talvez precise tentar outras abordagens.

Imagine Harry Potter e a Pedra Filosofal como exemplo. Primeiro, J. K. Rowling apresenta Harry, sua família e como chegou àquela condição. Até que, então, Hagrid o leva para Hogwarts, onde novos personagens são apresentados e os conflitos começam a desenrolar. O clímax é o primeiro encontro entre Harry e Voldemort, que segue para um desfecho em aberto para a criação de novos livros, mas que, ao mesmo tempo, dá um fim àquela trama.

Atenção à gramática!

Essa dica já foi citada no começo do texto, mas é sempre bom ressaltar. Depois de escrever seu livro, perca um tempo revisando-o de ponta a ponta. Muitos erros podem fazer com que você seja desacreditado diante do seu público, mesmo se sua ideia for boa. Fique atento!

Essas são algumas técnicas de storytelling, conceito que vem ganhando cada vez mais espaço no marketing e na publicidade também. Basicamente, é o guia para se ter uma narrativa que encante seu público, que o atraia e o faça se identificar e emocionar. Afinal, quem não gosta de uma boa história?

Até a próxima!