Autopublicação no Brasil

É viável publicar um livro independente no Brasil?

Olá, escritores!

No artigo passado, entendemos um pouco como foi a evolução da autopublicação no mundo. Sem dúvidas, trata-se de um movimento cada vez mais procurado pelos autores. No Brasil, por outro lado, esse mercado ainda não decolou.

Segundo a pesquisa “Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro”, o mercado editorial do país teve queda de 5,2% em 2016 com relação ao ano anterior. Somado a 2015, o valor chega a 17%.

O estudo da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel) e da Câmara Brasileira do Livro (CBL) é uma estimativa que usa dados colhidos a partir de uma amostra das editoras. Na prática, o resultado evidencia um forte declínio da venda de livros, que pode ser explicado em parte pela grave crise econômica que enfrentamos, parte pela queda das compras estatais através do Programa Nacional do Livro Didático.

E o que isso significa para os autores independentes?

Bom, é preciso ter em mente, primeiro, que o brasileiro não é um dos povos que mais lê, o que, naturalmente, é um entrave a ser encarado pelos amantes das palavras. Por outro lado, um aumento do consumo de livros, a reboque do aumento da escolaridade é percebido como um horizonte otimista, e um cenário provável para os próximos anos. Portanto não desanime!

Se o número da venda total de livros caiu, o número de títulos publicados sofreu menos. Isso pode indicar que as tiragens estão diminuindo e que mais autores estão publicando.

Um dado animador para os autores independentes: dos cem livros mais vendidos semanalmente na Amazon em 2016, cerca de 30 eram autopublicações.

Neste cenário difícil para o mercado editorial convencional, as edições com tiragens menores e autopublicação resistem, já que são alternativas mais econômicas. E isso é um ótimo sinal para quem não deseja passar por todo trâmite das grandes editoras e ainda assim ter sua obra publicada, divulgada e lida.

O Kindle Direct Publishing (KDP), da Amazon, tem sido opção inclusive de autores consagrados, sabia? Um exemplo é o escritor Paulo Coelho, que possui alguns livros virtuais disponíveis diretamente dessa plataforma – a maior livraria virtual do planeta, vale ressaltar!

Outra importante ferramenta do selfpublishing no ar desde 2013 é o Publique-se, da Saraiva. Em 2016, a plataforma conquistou um salto de 6,5 mil títulos publicados até o fim do primeiro semestre de 2015 para 11,3 mil livros. O crescimento no catálogo de obras digitais foi de incríveis 74%. E adivinhe? São mais de 12 milhões de visitantes mensais!

Isso só mostra o grande potencial deste mercado.?, que além de tudo, é acessível a todos!

Conheça as plataformas de autopublicação disponíveis no Brasil, algumas para e-books e outras para livros impressos:

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Até mais!