Uma breve história da autopublicação

Olá, autores!

No post de hoje vamos falar sobre o crescimento no mercado da autopublicação. Já sabemos que a edição de autor é um fenômeno que transformou a indústria ao permitir que muitos escritores distribuam seus trabalhos sem a ajuda de uma grande empresa. Mas como, exatamente, surgiu essa tendência?

É disso que vamos falar agora!

O self-publishing faz parte do mundo literário há séculos, antes mesmo da invenção da imprensa por Johan Gutenberg, no século XV. Podemos aqui deixar claro que foi com ele que os livros começaram a se tornar acessíveis a todos e a terem o formato como conhecemos hoje. Mas não foi aqui que tudo começou.

Vamos nos transportar para bem longe! Vamos para o período de transição da cultura oral para a escrita. Assim entenderemos melhor essa trajetória. Naquele tempo, os bardos eram renomados e respeitados contadores de histórias. Esta tradição falada moldou, durante séculos, o modo como as palavras eram ouvidas, mantidas e transmitidas.

A criação de papiros e pergaminhos no antigo Egito – muito antes do nascimento de Cristo – começou a mudar esse costume ao permitir a concepção dos primeiros manuscritos. Como, na época, saber ler e escrever não era assim tão comum, alguns dizem que os escribas (profissionais que escreviam à mão cópias de livros) são os primeiros autores auto-publicados.

Do pergaminho ao livro

Com a revolução da impressão de Gutemberg, o mercado de publicação começou a se desenvolver como conhecemos. Por haver necessidade de ter certeza de que os manuscritos que eram produzidos estavam aptos para serem lidos, foram criadas as profissões de editor e agente literário. Assim, foi estabelecido o modelo tradicional de publicação: via grandes editoras.

Mesmo sob essa perspectiva, alguns escritores conseguiram ascender fora do modelo convencional (assim como estamos fazendo hoje!). A aclamada escritora inglesa Virgina Woolf (Mrs. Dalloway) imprimiu diversos trabalhos de outros autores, como uma das cópias mais valiosas de A Casa dos Sete Gables, de Nathaniel Hawthorne. Além de Beatrix Potter (A História do Pedro Coelho), que também trilhou este caminho. 

O mercado tradicional de publicação vigorou durante séculos, mas sofreu grande baque com a chegada da internet e das novas tecnologias. Até este período, os livros só podiam ser impressos usando as impressoras grandes, pesadas e caras de Gutenberg. Foi só em 1979 que a próxima redução da barreira à publicação chegou, na forma de editoração eletrônica (DTP).

Revolução tecnológica

Com a chegada da internet, os anos 1990 foram novo marco para os autores. Sites de impressão sob demanda, como o iUniverse.com, começaram a surgir, assim como os formatos txt, .mobi e .doc. O modelo de autopublicação acabara de ganhar um forte aliado. O poder, cada vez mais, retornava para os contadores de histórias.

Na sequência, as vendas on-line começaram em 1998 e foram ganhando espaço com o decorrer do tempo. Em 2004, a Sony lançou o primeiro ebook reader, seguido pelo Kindle eReader da Amazon em 2007, que veio com uma grande loja de varejo anexada.

Com isso, tudo mudou para os autores. Agentes, editores e atacadistas foram “desintermediados”. Apenas uma varejista on-line estava entre o escritor e o leitor. Isso abriu espaço para autopublicação em massa, também conhecida como Auto-Publishing 3.0.

E esse mercado cresce a cada dia mais! Hoje, não é incomum ver escritores chegando ao sucesso através do mundo da autopublicação. Lembra do exemplo de 50 Tons de Cinza?

E aí? Em que pé está a sua história?

Continue acompanhando o Guia do Autor para aprender mais sobre esse mercado em expansão.

Publique-se!

Nos vemos no próximo post. Até lá!